Nude, mas para quem? - Alessandra Speggiorin Hepp

No ano de 2009, começou uma febre em torno da cor nude. Até então, ouvíramos falar somente em bege.

A moda a proclamou como uma ótima cor para roupas das mais diversas categorias. Desde vestidos de festas, até roupas casuais para o dia a dia, tudo o que as vitrines apresentavam era na cor nude.

E o nude estava na boca do povo:

– “Ah, olha só, é aquela cor, o nude. Ouvi dizer que está na moda agora.”

– “Olha só… que chique essa cor nude. Está na moda!”

Nude, em inglês, significa nu.

Então, logicamente, vestir uma roupa nude, conota nudez.

Mas aí eu pergunto: nude para quem?

Isso mesmo, nude para quem? Para mim, o nude é de um tom mais claro, mais parecido com um marfim. Para uma mulher com pele cor de canela, ele vai ser mais escuro, e talvez mais rosado. Para ser considerado nude, precisa ser exatamente no tom de sua pele.

– “Ah, mas então eu não posso usar um tom de nude que não seja o do tom da minha pele?” Claro que pode!, mas então, não será mais nude para você! 😉

Ainda em 2009, recordo haver lido sobre uma polêmica fashion envolvendo a primeira dama dos Estados Unidos da América, Michelle Obama, e um certo vestido nude que ela usou em um jantar oficial na Casa Branca.

O vestido criado pelo estilista Naeem Khan, e classificado por ele como nude. Ao ser usado pela primeira dama, foi descrito em posts de moda no globo inteiro como sendo de cor champagne. A polêmica foi tamanha que o assunto continuou a ser discutido meses após o ocorrido.

Mas como aqui a minha intenção não é polemizar, mas sim, explicar, trago algumas imagens elucidativas para as minhas queridas leitoras entenderem melhor o ponto em questão.