O ponto Irlandês é popular no mundo inteiro. Considerado um verdadeiro símbolo da Irlanda, sua história remonta ao século XVII. Surgiu, provavelmente, nas Ilhas Aran e dalí vem o nome dado às tranças de malharia até os dias atuais.
A maioria dos trabalhadores habitantes das Ilhas Aran eram agricultores ou pescadores. Estes trabalhadores ostentavam tipos diversos de tranças, como se fosse um brasão, o que diferenciava um clã do outro.
Existem inúmeras combinações de pontos cada qual com seu próprio significado. Embora possam ter quase a mesma aparência, cada suéter produzido é único e conta sua própria história. Um suéter destes possui cerca de 100.000 pontos, o que faz com que seu feitio seja extremamente laboroso, levando meses para ser concluído. Como cada um dos pontos sempre conta uma história, muito pode ser revelado a alguém que saiba exatamente como interpretar estes padrões.
Nos últimos tempos, algumas marcas têm revivido a onda dos tricôs manuais (ou com aparência de). Uma destas marcas, a homônima da francesa Isabel Marant, lançou em sua coleção de primavera/verão 2011, um belíssimo modelo de suéter com ponto irlandês:
Acima, modelo em tom cru. Abaixo, mesmo modelo em vermelho.
Até este presente momento, duas blogueiras bem conhecidas tiraram fotografias vestindo estes suéters.
Uma delas é a superconceituada Rumi Neely, do blog “Fashion Toast”, com seu modelo cor cru:
A outra mocinha é Carol Han que escreve o blog de moda e culinária “Milk and Mode”. O modelo de Carol é preto e igualmente lindo:
E, agora, vossa blogueira aqui vai apresentar o seu modelito irlandês:
Este suéter é uma réplica do modelo de Isabel Marant. Foi tricotado manualmente por minha querida mãe a qual, durante um mês inteiro, teceu-o ponto por porto. Para confeccionar este modelo, em especial, foram utilizadas 2 linhas vermelhas de tom e espessuras diferentes.
Existe algo a ser observado quando usarmos um modelo como esse: devido a sua espessura ultra fofa, tendemos a parecer maiores.
Para quem se importa, uma calça mais justa, como as skinnies, ou então uma boot cut, que é mais justa dos quadris até os joelhos para depois abrir um pouco em direção à barra, podem resolver a questão.
Quem tem pernas longas e magras, pode tentar uma saia mais curta e levemente evasê.
Com pernas mais grossas, como as minhas, eu recomendo o uso em combinação a uma saia longa e colunar.
Se a intenção é vestir um casaco por cima do suéter, sugiro que este seja bem maior que a malha. Caso contrário, seus movimentos serão tolhidos o tempo inteiro. Um duffel coat é perfeito!
O calçado ideal é aquele que tem uma aparência mais rústica, seja de couro ou camurça, com salto blocado ou flat.
Aqui, eu falei sobre este modelo de suéter em particular, mas as dicas valem para qualquer outro que tenha a mesma “configuração”.
Um beijo e até o próximo post!