Na última postagem discorri sobre a tendência normcore. Desta vez, farei uma análise da tendência étnica/tribalista que perdura na moda há algumas estações.
Destrinchar essa tendência é importante, também, porque além de estar acontecendo já há algum tempo, é um tema que se enquadra no momento anos 1970 que as passarelas – das quatro mais importantes semanas de moda do planeta – têm nos mostrado nos últimos tempos.
E onde é que estes temas convergem? Pois foi nos idos de 1970 que se iniciou a revolução ambiental e a contracultura que prega valores pró-ecológicos e outras atitudes sustentáveis que estão em voga hoje, e o etnismo/tribalismo, prega, também, essa mesma atitude com relação ao consumo, como pode ser lido a seguir, na explanação da essência do tema.
Tribalismo/Etnismo
A conectividade do mundo atual aproximou várias realidades distintas, mas algumas culturas ainda continuam intocadas pela alta tecnologia. E a moda, que volta e meia se apropria de temas sociais, nestes tempos, volta sua atenção à temas antropológicos, muito provavelmente para encurtar a distância que existe entre tribos urbanas e tribos exóticas.
Essa tendência nos faz lembrar que nossas raízes estão na terra, e que, por esta razão, há uma necessidade urgente de voltarmos nossos olhos ao que é artesanal, colocando assim, um fim a era canibalista do consumo industrial que pode vir a esgotar recursos preciosos do nosso planeta.
O intento desta influência que vimos nascer na moda há algumas estações e que continua florescendo e ganhando espaço nas ruas, é nos inspirar a buscar por artigos originais para compormos com nossas roupas mais tradicionais, visando assim, um equilíbrio de consumo entre o massivo e o original.
Principais Formas: drapeados suaves, kimonos, vestidos longos.
Palavras-chave: animal print estilizado, estampa de ikat, estampas tribais, bordados, miçangas, sedas, linhos, algodões, camurça, modelagens amplas, silhueta em “A”, franjas, tons terrosos, primários e secundários e sandálias rasteiras.
Cartela de Cores
Então, agora, é hora de ousar e usar! 😉
Pesquisa de imagens: internet.